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Webquest é uma metodologia que direciona o trabalho de pesquisa através de recursos e ferramentas disponibilizados na Web 2.0. A atividade é deliberadamente construída de maneira que os alunos sigam as etapas propostas. As fontes que serão usadas para a pesquisa devem ser indicadas claramente na atividade, de forma que o aluno não se disperse no mundo infinito de informação que a Web oferece. A Webquest combina características da pedagogia construtivista com a tecnologia para criar atividades motivadoras que pretendem despertar a curiosidade do aluno, incetivá-lo e envolvê-lo para chegar aos resultados desejados. A metodologia foi inicialmente desenvolvida por Bernie Dodge, professor de tecnologia educacional na San Diego  State University, Estados Unidos. As ideias de Dodge foram publicadas no artigo The Distance Educator, some thoughts about Webquests. O método pode ser uma maneira interessante de integrar tecnologia de maneira produtiva e eficiente no currículo escolar, como explica o artigo WebQuests: The Solution to Internet-Curriculum Integration.

Há várias ferramentas para criar WebQuests, por exemplo, podem ser estruturadas numa Wiki, num Blogue, num Website, no Word, num editor HTML, num Powerpoint e mesmo em ferramentas online para criar WebQuests como o Zunal ou o editor de Webquests Php.

 

Você pode pesquisar mais sobre o uso, construção e funcionamento de Webquests acessando:

 

 

Webquest

Webquest: o meu desafio!

A atividade proposta na nossa oficina de formação MIPL2.0 era criar uma Webquest usando uma das ferramentas propostas, como por exemplo o Zunal, publicá-la e fazer as considerações sobre a tarefa. A Webquest não Ã© um desafio apenas para os alunos, o professor também percorre caminhos interessantes na busca por tarefas estimulantes, envolventes e sobre tudo significativas para os alunos. O trabalho de preparação da Webquest toma tempo. São cinco as principais etapas da Webquest: introdução, tarefas (ou atividades), processo, avaliação, conclusão.

Eu usei o Zunal para estruturar a minha Webquest, que se chama As Festas de São João no Brasil.

 

1) O meu "processo" ficou bem longo, apesar das tarefas serem simples e dos textos a serem produzidos pelos alunos serem curtos. Isto pode assustar os alunos. Vendo a quantidade de texto para descrever as tarefas, eles podem achar que há muita coisa para fazer e então podem "torcer o nariz". A tutora sugeriu-me que, para diminuir um possível impacto negativo, eu fizesse um mapa conceitual apresentado as tarefas, dividisse as tarefas pelos grupos ou dividisse a Webquest em mini-quests. Acredito que ter várias Webquests pode provocar a mesma sensação de que há trabalho demais. Então, resolvi juntar as duas primeiras sugestões para solucionar o meu problema: usar um mapa conceitual e dividir as tarefas pelos grupos.

2) O editor de texto do Zunal.com não me agradou. Algumas vezes apertei o botão "régua" por descuido e perdi o texto produzido antes de tê-lo salvo. Não há um botão "desfazer", o que é inadmissível. Quando produzimos o texto no Word e copiamos para o Zunal, a formatação não fica bem. Apesar de mudar a língua para português alguns itens continuam em inglês.

3) O site permite a criação de apenas uma Webquest gratuitamente, isto é uma grande desvantagem.

4) É preciso tempo para desenvolver a Webquest de maneira que ela seja efetiva e relevante. É preciso pensar nas tarefas e fazer a pesquisa de antemão, para podermos colocar os links adequados para os alunos. A criação da Webquest toma muito tempo! Claro que é possível criar Webquests bem mais curtas do que a minha, com uma única tarefa para trabalhos mais imediatos, mas ainda assim leva-se tempo editando todas as etapas da Webquest. Por outro lado, acho uma atividade muito interessante, facilitadora da prática reflexiva. Excelente para orientar projetos de pesquisa, por exemplo.

5) Visitei os links de todos os colegas e inspirei-me muito no que vi. Alguns criaram tabelas para a avaliação, o que eu achei a melhor forma para apresentar os indicadores de avaliação. Também gostei da forma como alguns colegas disponibilizaram os recursos para a pesquisa, criando links nas tarefas para uma lista com os recursos. Trabalhoso, mais eficiente! Como neste mundo "nada se cria, tudo se recria", adaptei os recursos desenvolvidos e usei-os na minha Webquest. Ainda acho que poderia ter escrito o processo de maneira mais objetiva.

6) Alguns colegas utilizaram blogues e sites para construir a Webquest, o que eu certamente farei no futuro. O melhor exemplo é o trabalho da Milla Paiva di Ferreira (que também tem um blogue espetacular para o ensino de português, o Fale Português). A Milla criou uma Webquest chamada Carnavalando, ligada ao BlogCarnavalando. A ideia é ótima, mas, como já dito antes, é preciso tempo e habilidade com as ferramentas da Web para desenvolver um trabalho assim.

 

Vocês podem visitar As festas de São João no Brasil no Zunal para ver como ficou o meu trabalho, que está sendo desenvolvido com os alunos do Nível B, na Newcastle University  durante os próximos meses. Eu achei o trabalho com a Webquest tão interesssante que resolvi transformá-la no meu Projeto Educativo.

Introdução

"A introdução deve ser motivadora e desafiante para os alunos, levando-os a empenharem-se na Webquest. A motivação deve ser temática e cognitiva. A motivação temática desperta o aluno para o assunto a abordar, enquanto que a motivação cognitiva atenta nos conhecimentos prévios do sujeito e sugere aspectos que vão ser focados" durante a Webquest.

Tarefas (atividades)

"Explicita-se as tarefas a realizar", porém não de forma específica. É o momento em que indica-se o trabalho por vir. "Pode ser responder a uma pergunta, comparar opiniões, realizar gráficos com os dados recolhidos, etc. No texto de Dodge sobre as tarefas (taskonomy) sugere-se 12 tipos diferentes de atividades. Ã‰ preciso ter em atenção o nível cognitivo da tarefa": grau de dificuldade e problemas que os alunos poderão enfrentar para realizá-las.

Processo

Durante esta etapa, indicam-se as fases  a seguir e os recursos a consultar. Devem ser dadas orientações pormenorizadas (passo a passo) de como os alunos realizarão cada tarefa. No processo deve-se atentar para a clareza da estrutura, bem como das instruções dadas e garantir que tudo esteja claramente descrito. O processo precisa apresentar estratégias e ferramentas para que os alunos possam aceder e adquirir conhecimento/informação de maneira que completem as tarefas com sucesso. A riqueza do processo também é importante, pois deve investir na diversidade de papeis para que o aluno compreenda diferentes perspectivas e partilhe responsabilidade na execução das tarefas. Os recursos ou fontes a serem consultados devem estar disponíveis na Web e sua validade precisa ter sido verificada pelo professor previamente. É preciso estar atento para a quantidade e qualidade dos recursos indicados na Webquest. (texto adaptado)

Avaliação

Bem como nas etapas anteriores, a clareza é fulcral. Nesta etapa da Webquest, deve-se indicar como o desempenho dos alunos será avaliado, referir se a avaliação é para o grupo ou se também é individual e é importante que se incluam  os indicadores qualitativos e quantitativos de avaliação. (texto adaptado)

Conclusão

Nesta etapa deve ser disponibilizado um resumo da experiência proporcionada pela Webquest, salientando as vantagens do trabalho ter sido realizado Deve-se também despertar a curiosidade dos alunos para pesquisas futuras. Pode-se colocar uma pergunta, um problema para resolver, um site para explorar, entre outros. (texto adaptado)

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Considerações sobre a minha experiência com a Webquest

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