Loiana Leal
e-portefólio
MIPL2.0: Materiais Interativos para Português L2 na Web 2.0
10a edição
Joseph Novak e Alberto Cañas associaram os conceitos da teoria de aprendizagem cognitiva de David Ausubel (196?) com a teoria de apredizagem contrutivista e criaram uma aplicação prática destes conceitos - os mapas conceituais.
A ideia central de Ausubel (196?) é que a aprendizagem se dá por meio da assimilação de novos conceitos e proposições dentro de conceitos preexistentes e sistemas proposicionais já possuÃdos pelo aprendiz.". A teoria construtivista ensina que a linguagem e o diálogo auxiliam na apredizagem, de maneira que por meio da colaboração os alunos podem alçançar resultados cognitivos e afetivos mais positivos, ou seja, o processo de apredizagem efetiva-se de maneira mais eficiente.
Os mapas conceituais, enquanto estratégia de aprendizagem, conduzem o aluno ao estabelecimento de uma ponte concreta entre o seu conhecimento prévio e o seu conhecimento de mundo e os conteúdos novos, parte do processo de apredizagem que está a descortinar-se. Novak e Cañas explicam que os mapas conceituais "são ferramentas gráficas para a organização e representação do conhecimento. Eles incluem conceitos, geralmente dentro de cÃrculos ou quadros de alguma espécie, e relações entre conceitos, que são indicadas por linhas que os interligam. As palavras sobre essas linhas, que são palavras ou frases de ligação, especificam os relacionamentos entre dois conceitos." (Novak e Cañas, p. 10)
Há muitas outras caracterÃticas que definem os mapas conceituais, mas o objetivo da pesquisa de Novak e Canãs foi provar que a criação deste mapas conceituais de forma colaborativa traz grandes vantagens para as salas de aula. Cañas (2004) criou então o programa Cmap Tools (CAÑAS et al., 2004b - gratuitamente disponÃvel para download em <http://cmap.ihmc. us>) em que associa a eficiência da teoria dos mapas conceituais com o poder da Internet para promover a colaboração entre os usuários que estão confeccionado os mapas. O programa "permite aos usuários trabalharem juntos à distância na elaboração de seus mapas; publicarem seus mapas conceituais para o acesso de qualquer pessoa conectada à internet; fazerem links para fontes externas em seus mapas para melhor explicarem seus conteúdos; e buscarem informações relacionadas ao mapa na Rede Mundial de Computadores."(Novak e Cañas, p. 17). A partir daà surgiu também um modelo de aprendizagem centrado no mapas conceituais.
Leia o artigo A Teoria Subjacente aos Mapa Conceituais e Como Elaborá-los e Usá-los, por Joseph Novak e Alberto Cañas aqui !
Faça o download da ferramenta CmapTools aqui!
Entenda como usar os mapas conceituais em projetos e atividade pedagógicas lendo o texto da professora Alexandra Okada aqui!
Tony Buzan, psicólogo inglês e consultor na área de educação, apesar das crÃticas sobre a validade de suas afirmações, também desenvolveu o seu software para a elaboração de mapas conceituais. Buzan, de forma interessante, explica o funcionamento dos mapas conceituais.
Mapas Conceituais
1,2,3, testando...
Outra ferramente que experimentei, desta vez com os alunos dos nÃveis A2 e B1 (CEFR), foi o Text2MindMap, ferramenta propostas pela tutora.
O applicativo é bem simples, não precisei fazer nenhum tipo de registro e os alunos do B1 puderam salvar e descarregar os mapas para as suas áreas de trabalho. O applicativo oferece vária opçnoes, envio do mapa por e-mail, criaçnao de arquivo em pdj e descarregamento para o seu computador. Tudo muito simples!
Com os alunos do B1 (fig 1), a tarefa consistiu em criar um mapa que representasse a estrutura do texto argumentitivo e foi um sucesso. Uma vez que construiram os mapas em duplas, eu pedi para que os descarregassem e os enviassem para o nosso quadro de discussão, no ambiente online da turma. Todos puderam ver os mapas criados no quadro de discussão. Comparamos os mapas e procuramos identificar as similaridades entre eles. Depois de uma boa avaliação do que foi apresentado, criamos um mapa único em colaboração. A tarefa inteira levou cerca de 40 minutos. A atividade também inclui o desenvolvimento da competência oral, pois os alunos precisaram discutir e defender a ideais que apresentaram, em português. Pequei um pouco na construção do mapa, pois não usei palavras de ligação entre os quadros. Muitos dos quadros também não contiveram apenas o núcleo de um conceito, mas frases inteiras. Isto, de acordo com Buzan, não ajuda muito na memorização. A justificativa é que eu precisava que os alunos desenvolvessem as idéias, pois já são "craques" em as apresentar de forma resumida! Creio que o mapa que criamos juntos ajudará na produção textual. Tenho enfrentado problemas com esta tarefa, pois eles demonstram ter dificuldade em organizar o texto e combinar os argumentos. Depois do exercÃcio com os mapas, pareceu-me que as mentes "clarearam"! Porém, refletindo sobre a tarefa, concluo que faltaram ligações com exemplos de organizadores do discurso e palavras de ligação, como preposições, conjunções e expressões coesivas. Apesar de termos listado vários elementos de coesão durante a atividade, falhei em os levar a inserÃ-las nos mapas de forma clara. Vejam como ficou resultado do nosso mapa colaborativo! (figura 1).
Com os alunos do A2 trabalhei um tópico de gramática. Estamos trabalhando as diferenças entre o infinitivo pessoal e o impessoal, então, depois de estudarmos a Unidade 2 do Português XXI Volume 2, e antes de lermos o resumo da unidade, pedi para que os alunos me ajudassem a construir um mapa que resumisse as diferenças entre os infinitivos. No caso deste grupo, só há um computador em sala, sendo assim, os alunos foram me dando as ideias e eu fui motando o mapa e tudo foi se construindo. A cada ideia eu pressionava a tecla draw map para que eles visualizassem as mudanças. Também fui provocando o diálogo entre eles, para que discutissem o ponto gramatical e criassem exemplos. Depois, quando o mapa ficou pronto, enviei por e-mail. Também foi uma tarefa bastante produtiva, e os alunos gostaram muito da estrtégia. Vejam como ficou na figura 2!
Do meu ponto de vista, além dos objetivos centrais das atividade alcançados com sucesso, as atividades ajudaram bastante no desenvolvimento das competências orais, pois os alunos tiveram que descrever e opinar de forma a colaborarem para a construção dos mapas.
Recomendo o uso em sala de aula, mesmo que tenhamos que desenhar o mapa no quadro branco!



Na minha opinião, os mapas conceituais são ferramentas excelentes, não só para trabalhar conceitos abstratos ou para ajudar a organizar o pensamento, mas também como ferramenta poderosa para o ensino de lÃnguas. A construção dos mapas é uma atividade valiosa para trabalhar a aquisição de vocabulário, gramática, semântica, sintaxe, etc. e até para fins de avaliação. No estudo da literatura pode ser muito útil para trabalhar os conceitos que determinam os estilos de época, e como sugerido pela nossa tutora, a professora Adelina Moura, na sessão sÃncrona do Skype para o módulo 4, os mapas são excelentes para trabalhar biografias.
Enquanto aluna de lÃnguas estrangeiras, tanto de inglês quanto de espanhol, usei os mapas e abusei das suas potencialidades para fixar vocabulário novo e criar novas associações semânticas. Mas naquele tempo eu não havia as inovações tecnológicas, e eu, intutitivamente, desenhava mapas que me ajudassem a memorizar o vocabulário. Por meio do uso dos mapas, os alunos podem fazer várias conexões entre palavras, sempre concluindo o mapa com exemplos. Além de ajudarem a memorizar as palavras contextualmente, os mapas podem contribuir para que o aluno torne-se fluente mais rápido.
Além das ferramentas sugeridas pela tutora para a criação de mapas conceituais, (como o Cmaptools e o DropMind), a Apple também oferece alguns aplicativos para a construção dos mesmos. Há um interessante chamado Mind Map. Usei a versão gratuita para experimentar. Ela não é de todo má, porém não conta com muitos recursos essenciais, que só a versão paga apresenta. Por exemplo, não permite importação e exportação dos mapas criados. Eu precisei fazer um print screen da tela para poder publicar a imagem que traz o meu mapa. Sendo assim, os objetivos principais, que são o compartilhamento e colaboração, perdem-se.
DropMind - Gliffy - Bubbl.us - Flowchart.com - Mind42 - FreeMind - Mindomo - Glinkr MindMeister (Tutorial )
Mindmapr - Extensão do chrome
Muraly - aproveita caracterÃsticas do Prezi e do mapa concetual
Para descarregar para o computador:
Cmap Tools (gratuito)
Pagos
Outros recursos para consulta:
Aprendizagem significativa (ppt)
Texto 1 - Mapa concetual como técnica cognitiva
Texto 2 - Técnicas de trabalho
Texto 3 - Mapas concetuais como estratégia de ensino e aprendizagem
*Todos estes links foram retirados da página do módulo 4 do curso MIPL2.0 10a edição.
Links !
Figura 1
Figura 2
Noções Básicas (em Português)
Tutorial do Cmap Tools (em castelhano)
Tutorial (português)
Consultar também o Manual Web 2.0 para professores (páginas 211 a 232)
Exemplo de atividade com o Cmap tools : Aprendizagem colaborativa através de mapas concetuais (link do projeto)
*Todos estes links foram retirados da página do módulo 4 do curso MIPL2.0 10a edição.