Loiana Leal
e-portefólio
MIPL2.0: Materiais Interativos para Português L2 na Web 2.0
10a edição
Durante o curso MIPL 2.0, na nossa busca por uma definição do que é a WEB 2.0 nos deparamos com uma imensidão de termos e ideias: espaço virtual em construção, colaboração, compartilhamento, informação, utilizadores construtores, espaço democrático, inteligência coletiva, recriação de conteúdos, etc. Dentre todas as definições trazidas pelos colegas no fórum Definição do Conceito WEB 2.0, acredito que a combinação das colocações da Mila Paiva Ferreira e do Nuno Carlos Almeida, nos dá uma ideia mais clara sobre o que é esta plataforma de colaboração e produção de informação. A Mila explica que a "Web 2.0 é uma nova geração web - em comparação com a WEB 1.0 - ou um novo espaço online que, através da Internet, permite o acesso à informação e ao conhecimento em geral, em diversos formatos (texto, imagem, áudio, multimÃdia, etc.), em que o usuário é o seu protagonista, criando, colaborando, participando, interagindo e compartilhando conteúdo entre si". O Nuno acrescenta que a plataforma está em permanente construção, como um organismo vivo (isto me faz lembrar o Neo em Matrix!), alimentado por seus construtores, os prórpios usuários. Ele lembra que na WEB 2.0 tudo é possiÃvel: comprar, vender, divertir-se, trabalhar, interagir com pessoas do mundo inteiro, mobilizar gente, estabelecer as mais variadas estratégias, ensinar, aprender e muitas outras coisas (e eu diria que pode-se até ser outra pessoa por traz das teias translúcidas desta WEB! Não me deixam mentir plataformas como o Second Life e os inúmeros perfis falsos que se espalham pelas redes sociais.
Como eu gosto muitÃssimo de música, eu procurei definir a WEB 2.0 com uma cançãozinha do Daft Punk, do álbum Human After All. Isto mesmo! Technologic ! Acrescente-se um verso com a sequência "tag it, like it, twitt it, link it, pin it , share it, blog it, flog it, technologic" a canção da dupla e teremos a perfeita definição da WEB 2.0
Sir Tim-Berners Lee - 1989
É criado o conceito World Wide Web, o famoso WWW(W3) que vem na frente de toda URL, que são, por sua vez, os endereços que digitamos no nosso browser para acessar um site. Sir Tim-Berners Lee percebeu que navegar por um sistema de hipetextos interligados por meio da Internet, e usar este mesmo sitema para interligar e acessar todo tipo de informação, organizada como em uma teia (web), na qual o usuário poderia passear de acordo com a sua vontade, poderia tornar-se uma realidade mundial. Em dezembro de 1990, em conjunto com o colega belga Roberta Cailliau, Sir Lee completeu e publicou o primeiro website.
Econtre o trabalho cientifico do Sir Tim-Berners Lee aqui!
Na Wikipedia você também encontra um artigo, bem escrito e com muitas fontes de pesquisa, definindo a Web.
Darcy DiNucci - 1999
Em 1999, a consultora em informação e design eletrônico DarcyNucci escreve no seu artigo Futuro Fragmentado que a rede como então conhecÃamos, que carregava uma janela essencialmente estática como um repositório de informação, era apenas um embrião do que estaria por vir, a Web 2.0. Esta nova rede seria então transformada e dinâmica, como um mecanismo de transporte, o éter no qual a interatividade aconteceria. Em oposição a dinâmica Web2.0 de DarcyNucci estava a estática W3 de Sir Tim-Berners Lee. Começava ali a contravérsia sobe a definição da Web.
Tim O'Reilly - 2004
​Tim O'Reilly, na sua conferência sobre a Web 2.0 popularizou o termo, e explicou que a Web 2.0 não era a versão tecnicamente atualizada da Web 1.0, mas sim representava uma mudança na forma de fazer e usar as páginas da Web.
A possibilidade da Web 2.0 ser substancialmente diferente das tecnologias da Web anteriores foi contestada peloinventor da W3, o Sir Tim Berners-Lee, que descreve o termo Web 2.0 como jargão técinico. Sir Lee afirma que a sua visão original da Web sempre foi que ela servisse como um meio de colaboração, um lugar em que espaços em que as pessoas podiam se conhecer, adquirir e trocar informações.
Para saber mais sobre a definição da Web 2.0 e os cunhadores do termo, visite a Wikipedia, o artigo Web 2.0 traz 80 fontes confiáveis de consulta.
Antes de sermos professores fomos e somos "alunos", certo? Mas, 'que tipo de "alunos" somos nós?" Não seria esta é a primeira pergunta que deverÃamos nos fazer quando pensamos sobre qualquer método que desejamos usar no processo ensino/aprendizagem? Que tipo de alunos são os nossos? Como é que nós aprendemos? E eles?
Eu ensino lÃnguas e gosto de relembrear como foi a minha aprendizagem de lÃnguas. Eu aprendi inglês e espanhol, por exemplo, usando as tecnologias disponÃveis em cada época. Era só uma menina quando comecei a estudar inglês e carregava meu walkman com K-7 para todo o lado. Aprendi expressões idiomáticas e phrasal verbs jogando Nintendo. Quando estava aprendendo espanhol já existia mp3 e internet. Graças! Eu assistia à televisão em espanhol pela Web, ouvia música e me comunicava com pessoas em outros paÃses pelo ICQ.
Eu aprendo melhor por meio de imagens. Não adianta você falar comigo por uma hora. O meu poder de retenção é mÃnimo. Eu vou provavelmente desenhar mapas, escrever frases em tópicos, criar um fluxograma e só assim eu vou entender aquela aula de literatura com nomes e datas. Depois vou transformar aquilo num vÃdeo, numa apresentação, num texto com figuras. Quando eu era pequenina, na escola, eu achava inútil decorar verbos e tabuadas. Eu nunca entendi o objetivo daquilo, uma vez que eu tinha tudo no livro. Outra coisa que eu não entendia era o motivo pelo qual eu não podia consultar os livros. Então, perguntava-me: "para que ter um livro que eu não posso usar?" Eu adorava escrever (ainda adoro)! As aulas de redação eram as minhas favoritas e tudo era ilustrado, criativo e fazia sentido. A professora deixava eu usar os livros antes de criar as minhas histórias. Eu aprendo conversando, então achava uma loucura não poder olhar para o lado. Como eu poderia entender os pensamentos do meu colega se eu não podia falar com ele? Como eu podia entender o que ele realmente queria dizer se eu não podia ver o movimento das sobrancelhas dele? Eu entendia bem meu professor, pois toda vez que eu virava para trás, para fazer uma pergunta para alguém, eu podia ver sua sobrancelha direita em arco e a boca torta para esquerda. Eu aprendo fazendo coisas. Em vez de me dizer o que é uma narração, uma descrição, uma dissertação, me dê um jogo para montar textos e depois me faça perguntas sobre eles. Eu aprendendo melhor quando eu penso sobre o que eu estou fazendo, resolvo problemas e chego à s minhas próprias conclusões. No lugar de me pedir para decorar a tabiada, dê-me palitos de sorvete e peça para que eu demostre como "2 x 2 são 4". Portanto, a escola tradicional foi um sofrimento para mim. Explico: eu tinha que memorizar tudo, não podia compartilhar ideias conversando com os colegas, não me divertia com o que eu aprendia e os professores não me deixavam pensar! A exceção era a professora de redação, e será por isso que eu adoro literatura ?
Hoje, os meus livros estão na minha I-libray. Os meus jogos estão nas minhas várias arcades. Eu não posso conceber a minha vida sem os meus "aparelhinhos" eletrônicos. O que faço menos com o telefone, por exemplo, é falar. O meu telefone é tudo: rádio, player, agenda, caderno de notas, lembretes, livro, revista, dicionário, jogo, messager, gravador, câmera, despertador, internet e por último telefone. VÃdeo e criação de documentos geralmente são feitos no Ipad, o ecrã é melhor e facilita o trabalho. E se é assim para mim, que sou da dita "geração y", creio que será ainda mais tecnológico para os jovens, os meus alunos.
Eu confesso que o meu Iphone fica sobre a minha mesa durante as aulas, e eu faço uso dele para verificar palavras ou encontrar links que sejam úteis para os alunos. Dia desses estávamos estudando a Voz Passiva, e eu havia preparado uma apresentação no Power Point. Lá pelo meio da aula achei que eles precisavam de uma "apimentada" naquele ponto: celular, youtube, voz passiva... "Ótimo é este!" VLE, group-mail, link. "Abram o link, assistam em grupo e façam o exercÃcio proposto". Deu tudo certo, pois todos tinham um Smart Phone. Eu fiquei um pouco aborrecida por não ter lembrado daquele vÃdeo quando estava preparando a aula. Podia tê-lo incluÃdo na apresentação, mas… "Aleluia!", todos temos nossos celulares!
Eu não proÃbo os alunos de usarem o telefone em aula. Mas, os meus, já são adultos, e se não sabem fazer uso dos telefones adequadamente... Bom, os alunos tem de se tornar responsáveis pela a sua aprendizagem. Não entendo mesmo a resistência da escola em adotar certas tecnologias. Essa atitude, que do meu ponto de vista é reacionária, apenas afasta os alunos da escola. Cada vez mais a escola se torna aquele lugar chato onde "eu não posso fazer nada". Acho que a escola permanece no século XV enquanto os alunos caminham a passos frenéticos para o século XXII. Não adianta demandar concentração linear dos nossos alunos, eles nasceram e cresceram em outro mundo e não pensam linearmente (eu nasci nos anos 70, cresci nos 80 e não penso linearmente). Sou da opinião de que temos de nos adaptar a nova ordem das coisas.
Há inúmeras questões para serem debatidas: autoria, limites, conteúdo, ou o fato do celular tirar a atenção dos alunos em determinados momentos. Curioso, eu me lembro das minhas aulas de biologia. Último ano na escola, todos adolescentes por volta dos 16 anos... O professor insistia em falar sobre a tal cadeia de RNA que replicava-se em uma outra... DNA, ou será ao contrário? Talvez eu não me lembre muito bem porque eu e minhas colegas passávamos bilhetes e desenhos pela sala… Desenhávamos os rostos dos professores nas cadeias de RNA que se replicavam em DNA. O Professor de biologia era a Timina! RÃamos! Não existia celular...
Indubitavelmente, a aprendizagem móvel oferece inúmeras vantagens, e o celular é de seus facilatodores. As mais óbvias: tempo e espaço que se multiplicam quase que indefinidamente.
Vejam que quando escrevi este texto, encontrava-me sentada aguardando o atendimento médico. Enquanto esperava, li alguns artigos, assisti a uma vÃdeo, comecei a refletir sobre as relações entre o ensino e a tecnologia e por fim postei minhas conclusões na plataforma do curso de formação a distância. Acredito que da mesma forma que a ideia de aprendizagem móvel funciona para mim, pois com ela eu ganho flexibilidade e autonomia, deva funcionar para muitas outras pessoas.
​E... Como eu acredito que as imagens são uma ferramente podesroa de apredizagem, deixo alguns vÃdeos para vocês que ilustram a relação entre a Web e a educação.
WEB 2.0
O que é?
A Web e a educação.
Do meu ponto de vista, a melhor definição da Web 2.0 é ela mesma. Para entedê-la há de se sentar em frente ao computador e se deixar encantar pelas suas ferramentas.
Quem
definiu?
